A medicina evoluiu muito nas últimas décadas, se especializando cada vez mais, chegando a níveis moleculares. Essa evolução gerou repercussões na forma como os pacientes se relacionam com as diferentes especialidades médicas. É muito frequente se ter dor no estômago, e procurar um gastroenterologista; uma dor de cabeça, e lá vamos nós ao neurologista; uma palpitação, e consultamos o cardiologista. Então, segue-se uma série de exames complexos, demorados para marcar, que nos angustiam ainda mais. E no final, quase sempre, os resultados são normais, embora nossos sintomas continuem presentes.

Uma consulta médica com um Clínico Geral pouparia muito mais tempo, dinheiro e emoções aflitivas. O Clínico Geral é aquele médico que tem uma visão ampla da pessoa, dos seus sintomas e história médica. Ele é capacitado para fazer uma avaliação completa, incluindo vários aspectos na entrevista clínica que, aparentemente, não têm nada a ver com as queixas que o paciente traz. E assim é possível realizar uma avaliação mais integral, muitas vezes resolutiva no próprio consultório ou com exames mais simples para, só posteriormente, solicitar alguma visita a um especialista, quando realmente necessário.

Felizmente, a figura do Clínico Geral, que antigamente cuidava da família ao longo dos anos, está voltando à tona. Muito disso, se deve à necessidade das pessoas de serem atendidas “por inteiro”, e não de uma forma fragmentada. E essa é a maestria do Clínico Geral – ver a pessoa em sua totalidade.

Por isso, da próxima vez que você apresentar qualquer sintoma que esteja lhe perturbando, ou quiser fazer uma avaliação ampla de sua condição de saúde, uma visita ao Clínico Geral será a melhor forma de você iniciar (e quem sabe até concluir) esta avaliação.